Marvel Zombies vs. Army of Darkness

[Dehumanizer]

Já tenho o primeiro; vão ser 5.

A história é mais ou menos esta: o Ash vai parar ao mundo dos MZ, mas um pouco antes da infecção (ou seja, o Sentry ainda não chegou). Vê um deadite a gabar-se de que "este mundo transformar-se-á num mundo de undead daqui a pouco tempo", e tenta avisar os super-heróis. Claro que ninguém lhe liga. A personalidade do Ash está bastante fiel.

Depois, vê-se a chegada do Sentry, e os humanos começam a ser comidos e os heróis infectados. Apesar de o Ash ser bem cómico, o resto é meio deprimente - o MZ original mostrava já todos infectados, mas aqui vê-se o progresso da coisa, e já se sabe como vai acabar. E é sempre meio triste ver o "fim" de um mundo que se conhece há anos.

Os desenhos estão óptimos. Muito bons, mesmo; bem melhores do que no primeiro MZ.

Ah, e não é do Kirkman; acho que é de um tipo que escreve o Army of Darkness (que já é publicado há uns anos, mas nunca li). Mas ele diz numa entrevista que consultou com o Kirkman, para ser fiel aos MZ, às características deles, e afins.

[Rufferto]

O Marvel Zombies achei mais que estava a tentar ser nojento do que propriamente genial. Quanto ao Ash estar no meio dos zombies super-heróis, não sei se poderá ter grande influência, mas sem dúvida que é um bom personagem.

[Dehumanizer]

É curioso, eu não o achei assim tão nojento... é mais deprimente, para mim. As cenas de "chomp, chomp" são mais humor negro do que outra coisa, mas ver um mundo que já sigo há uns 20 anos naquele estado... não sei porquê, afecta-me.

[Dehumanizer]

Já vi umas páginas do futuro one-shot "Marvel Zombies: Dead Days", do Kirkman e Philips (o desenhista dos MZ originais). Tem cenas como o Homem-Aranha, recém-infectado, a zombificiar-se (ele tinha sido mordido pelo Coronel América no MZ vs. AoD #1, mas ainda escapa, aí) à frente da Mary Jane e Tia May. Curiosamente, quando se transforma, fica logo com a cara tipo zombie, com o aspecto que eles tinham no MZ... seria de esperar que ainda demorasse uns dias a apodrecer, mas enfim. Apesar de não mostrarem detalhes, percebe-se bem o que ele aí faz... e não é bonito.

É como eu disse: não acho tão nojento como deprimente. Goste-se ou não, quando se lê estas coisas há décadas, desenvolve-se algum tipo de ligação emocional com os personagens. Se fossem completos estranhos, por muito "gore" que houvesse, não me afectaria mesmo nada.

[Rufferto]

Eu encaro isso um bocado como aqueles What If? que uma pessoa lê, escritos por desconhecidos, em que ficamos a saber que se o Thor tivesse entrado pelo túnel errado teria ido morrer no mundo do Conan ou que se os vingadores tivessem perdido a Operation Galactic Storm a Terra teria sido destruída. Está bem que o Kirkman não é propriamente um escritor desconhecido, mas para todos os efeitos o que ele escreve para a Marvel não está a acontecer. Da mesma maneira que finjo que aquela história do Thor escrita pelo Ennis nunca chegou a acontecer e dou ainda menos importância ao outro livro em que o Punisher mata tudo quanto é super-herói e super-vilão da Marvel.

Ah, e gostava de ter presenciado o processo de criação do Sentry, que mesmo sem ter alguma vez lido alguma coisa com ele me parece profundamente ridículo. Além de que quando o Maestro fala ao Hulk daqueles que o poderiam eventualmente vencer refere o Thor, o Quarteto Fantástico e um tal de Wild Man, mas não fala em Sentry nenhum.

[Dehumanizer]

Repara que o teu argumento aqui é mais ou menos "estes são fictícios". Mas TODOS o são, n'est ce pas?

Quanto ao que o Maestro diz (numa das melhores histórias da Marvel de sempre, by the way... Peter David e George Pérez rulam), bem, o autor não tinha de prever toda a gente que a Marvel iria inventar entretanto.

[Rufferto]

Repara que o teu argumento aqui é mais ou menos "estes são fictícios". Mas TODOS o são, n'est ce pas?

Claro que tudo ali é fictício, mas os What If?, o Marvel Zombies e o Punisher: The End estão fora da cronologia da Marvel. O que acontece nesses livros é algo que se fica por ali, que não é transportado para mais nenhum, e que por isso não é "real". É como aqueles livros do Aragonés com a Marvel e a DC... os personagens estavam lá todos, mas o que se passou lá não aconteceu mesmo.

Quanto ao que o Maestro diz (numa das melhores histórias da Marvel de sempre, by the way... Peter David e George Pérez rulam), bem, o autor não tinha de prever toda a gente que a Marvel iria inventar entretanto.

Claro que não, mas também não podia desperdiçar a oportunidade de largar uma bela referência.

[Dehumanizer]

Já saiu o último. Os destinos do Necronomicon e do Ash são ambos bastante cómicos.

[Rufferto]

Yep, acabou bem.